Breve Resumo
Este episódio do podcast "Confissões Estratégicas" explora a importância de "roubar como um artista" em vez de buscar originalidade absoluta. Helena Bezã argumenta que a verdadeira autenticidade surge da combinação e adaptação de ideias existentes, e não da criação do zero. Ela usa exemplos práticos como The News e Lele Burnier para ilustrar como a adaptação cultural e a personalização de conceitos já existentes podem levar ao sucesso. O episódio também oferece um guia prático baseado no livro "Roube Como um Artista" de Austin Kleon, incentivando os ouvintes a colecionar referências, recombinar ideias e imprimir sua própria visão de mundo em seus projetos.
- A originalidade surge da combinação e adaptação de ideias existentes.
- É importante colecionar referências e recombiná-las de forma única.
- Não espere ser um gênio, comece imitando e adaptando.
Introdução
Helena Bezã inicia o podcast "Confissões Estratégicas" confessando ser uma "cópia" de suas referências e argumenta que tentar ser original demais pode levar a produtos ou conteúdos não comerciais. Ela explica que a originalidade não significa criar algo do zero, mas sim combinar e adaptar ideias existentes de forma única.
O Problema da Originalidade Excessiva
Helena discute como a busca excessiva por originalidade pode resultar em criações complexas e difíceis de entender, que acabam não atraindo o público. Ela cita o exemplo dos óculos do Google como um produto inovador que não emplacou por não atender às necessidades e expectativas das pessoas. A chave para o sucesso é combinar elementos familiares com um toque de novidade, como mencionado no livro "Hitmakers".
Aprenda a Roubar Como um Artista
Helena introduz o conceito de "roubar como um artista", baseado no livro de Austin Kleon, enfatizando que somos todos uma junção de nossas referências. Ela explica que aprendemos por imitação, assim como as crianças, e que nossas experiências e influências moldam nossa visão de mundo. A autenticidade surge da maneira como combinamos essas influências e as apresentamos ao mundo.
Autenticidade e a Visão Única
A autenticidade não é inventar algo do zero, mas sim a capacidade de fazer associações e sinapses cerebrais únicas. É enxergar o mundo de uma maneira que ninguém mais está colocando em evidência e trazer essa visão para os outros. O problema não é roubar ideias, mas sim como você as adapta e as apresenta.
Exemplos de Sucesso ao "Roubar Como um Artista"
Helena cita exemplos como o The News, uma newsletter brasileira inspirada na Morning Brew americana, e Lele Burnier, que adaptou o "Arume-se comigo" para o contexto brasileiro. O sucesso está na adaptação cultural e na personalização, não na cópia literal. Somos todos quebra-cabeças formados pelas influências que recebemos ao longo da vida.
Podcast como Exemplo
Helena usa seu próprio podcast como exemplo, admitindo que se inspirou em outros podcasts como "Carona na Carreira" de Thaí Rock e o podcast de Lala Brandão. Ela explica que roubou elementos que admirava em cada um, combinando-os para criar seu próprio estilo. A chave é pegar cores de massinha diferentes e misturá-las para criar algo único.
Não Seja Diferentão, Seja Comercial
Helena reforça que não é preciso ser "diferentão" para ter sucesso. Produtos e conteúdos disruptivos demais podem ser rejeitados por não serem compreendidos. Para monetizar e ter sucesso, é preciso ser comercial e agradar ao público, gerando familiaridade.
Princípios do "Roube Como um Artista"
Helena resume os princípios do livro "Roube Como um Artista":
- Nada é original: Tudo já foi feito, o segredo é recombinar.
- Transforme, não apenas imite: Adapte as ideias ao seu contexto e visão.
- Colecione referências: Quanto mais referências, mais sinapses você será capaz de fazer.
- Não espere ser um gênio: Comece imitando e no processo você se encontrará.
Recombinando Referências
Helena explica que recombinar referências é pegar algo que você gosta em um lugar e combinar com algo que você gosta em outro, criando algo novo. Ela usa o exemplo de um vídeo que fez sobre "roubar como um artista", onde começou deitada na cama com a câmera de cima, um gancho visual usado por Jenny Keller. Ela enfatiza que não está sendo desonesta, pois está falando de marketing e usando um gancho visual que já existe.
A Importância do Repertório
Helena destaca a importância do repertório para a criatividade. Ela compartilha como criou uma marca baseada em um conceito dinamarquês que conheceu em um livro de romance. A chave é desenvolver a capacidade de fazer combinações que as pessoas não estão vendo.
Visão de Mundo Única
Helena compartilha um exemplo de um fotógrafo que mostra a diferença entre o que ele vê e o que as outras pessoas veem em uma cena. Ela também menciona como escolheu seu fotógrafo de casamento por causa do olhar único dele. Ter uma visão única e alinhada com o público-alvo gera demanda.
Transformar e Filtrar
Helena enfatiza a importância de transformar e filtrar as referências, em vez de apenas imitar. É preciso passar tudo pelo filtro da coerência e da sua marca, para ser a primeira escolha do seu público-alvo. Colecionar referências e encontrar padrões é fundamental.
Não Espere Ser um Gênio, Comece!
Helena incentiva os ouvintes a começarem, mesmo que seja imitando. No processo, eles se encontrarão. Ela garante que a maioria das pessoas no marketing digital estão "roubando como artistas" conteúdos gringos, adaptando-os para o contexto brasileiro.
Roube Como um Artista, Não Copie
Helena reforça que somos um conjunto de tudo que lemos, assistimos e vivemos. Ela incentiva os ouvintes a entrarem nas redes sociais e "roubarem como artistas" assuntos que estão sendo discutidos em seus nichos.
Não Invente a Roda
Helena adverte contra a tentativa de inventar a roda, pois isso dificilmente gerará algo bom e próspero financeiramente. Ela cita exemplos como os iPods da Apple e a Nespresso, que simplificaram processos já existentes.
Exercício Prático
Helena propõe um exercício prático:
- Pegue algo que você está com dificuldade.
- Escolha cinco referências (empresas, conteúdos, podcasts) que você gosta.
- Encontre padrões e coisas que você gosta em cada um.
- Faça uma colagem mental ou escrita das coisas que você gosta.
- Olhe para essa junção de aleatoriedades e saiba que você acabou de criar algo original.
O Pincel da Boca Rosa
Helena usa o exemplo do pincel da Boca Rosa para ilustrar como pegar um produto já existente e criar uma narrativa original pode levar ao sucesso. A Bianca Andrade conseguiu vender um pincel com cerdas mais densas, mostrando sua utilidade e praticidade.
Conclusão
Helena conclui o episódio revelando que ele próprio foi um "roubo como um artista" do livro de Austin Kleon. Ela pegou, adaptou e trouxe para o seu contexto, com sua visão de mundo. Ela espera que os ouvintes tenham gostado de participar desse grande roubo com ela.