História Geral - Aula 29 - A independência dos EUA (parte 1)

História Geral - Aula 29 - A independência dos EUA (parte 1)

Breve Resumo

Este vídeo discute a independência dos Estados Unidos, abordando o contexto histórico da crise do antigo regime e a influência das ideias iluministas. Ele explora as diferenças entre a colonização de povoamento no norte e a colonização de exploração no sul, destacando como a autonomia do norte fomentou o desejo de independência. A guerra dos sete anos e as subsequentes políticas britânicas de taxação são apresentadas como catalisadores do conflito, culminando na Declaração de Independência e na guerra contra a Inglaterra, que contou com o apoio da França e da Espanha. O vídeo conclui ressaltando que a independência não aboliu a escravidão nem instaurou uma democracia plena, mas serviu de modelo para outros movimentos de independência na América Latina.

  • Crise do Antigo Regime e Iluminismo como base ideológica.
  • Colonização de povoamento (Norte) vs. exploração (Sul).
  • Guerra dos Sete Anos e aumento da pressão fiscal britânica.
  • Declaração de Independência e guerra com apoio estrangeiro.
  • Limitações da independência: escravidão e voto censitário.

Introdução

O vídeo inicia com uma saudação e introduz o tema da aula: a independência dos Estados Unidos da América. O professor contextualiza o período histórico como a crise do antigo regime, influenciado pelas ideias iluministas.

Contexto Histórico e Tipos de Colonização

O vídeo explica que a independência norte-americana ocorreu no final do século XVIII, durante a crise do antigo regime, impulsionada pelos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade. A colonização da América do Norte pela Inglaterra se diferenciou da colonização na América Latina, promovida por Portugal e Espanha. A Inglaterra implementou uma colonização de povoamento, resultando em uma sociedade com características distintas, como a pequena propriedade, o trabalho livre e a policultura, predominantes no norte das 13 colônias. No sul, prevaleceu a colonização de exploração, com latifúndios, monocultura e escravidão, similar ao modelo latino-americano.

Autonomia e "Negligência Salutar"

O vídeo destaca que o processo de independência foi liderado principalmente pelos colonos do norte, devido à sua autonomia e desenvolvimento voltado para os próprios interesses. A colonização de povoamento gerou uma sociedade menos dependente da metrópole. Os colonos do norte desfrutavam de ampla autonomia em relação ao controle britânico, o que ficou conhecido como "negligência salutar", permitindo um desenvolvimento desvinculado do controle da Inglaterra.

Guerra dos Sete Anos e Mudança na Política Britânica

A situação se complicou após a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), um conflito europeu entre Inglaterra e França. Apesar da vitória inglesa, a guerra gerou altos custos, levando a Inglaterra a intensificar o controle sobre suas colônias na América do Norte. A Inglaterra tardiamente resolveu tratar suas colônias como colônias, implementando impostos e taxas, o que gerou insatisfação entre os colonos, que não estavam acostumados a tal controle.

Impostos e Resistência Colonial

Após a Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra impôs uma série de impostos e taxas às colônias, como a Lei do Açúcar, a Lei do Selo e a Lei do Chá. Os colonos argumentaram que, de acordo com as leis inglesas desde a Magna Carta, não poderia haver taxação sem representação no parlamento inglês. Eles se viam como cidadãos ingleses, mas não eram tratados como tal. A Inglaterra reagiu de forma violenta, enviando tropas e atacando cidades como Nova York.

Festa do Chá de Boston e Escalada do Conflito

Em resposta aos impostos, colonos disfarçados de índios realizaram a Festa do Chá de Boston, jogando a carga de chá dos navios da Companhia Inglesa das Índias Ocidentais ao mar. Esse evento marcou o início de uma escalada de conflitos armados. A Inglaterra enviou mais soldados e navios, chegando a cercar e bombardear cidades.

Declaração de Independência e Guerra

No Primeiro Congresso da Filadélfia, os colonos do sul, mais dependentes do mercado inglês, resistiram à declaração de independência. No entanto, em 4 de julho de 1776, no Segundo Congresso da Filadélfia, após uma escalada de violência, foi declarada a independência das 13 colônias. A Declaração de Independência é um documento iluminista que afirma que todos os homens nascem livres e iguais perante a lei. George Washington, um sulista, liderou o exército colonial, composto por cidadãos comuns.

Apoio Estrangeiro e Tratado de Paris

A França, buscando vingança pela Guerra dos Sete Anos, enviou tropas para auxiliar os colonos americanos contra a Inglaterra. A Espanha também participou do processo, ajudando os colonos. O Tratado de Paris de 1783 reconheceu a independência dos Estados Unidos, servindo de modelo para outras independências nas Américas.

Limitações da Independência

O vídeo conclui ressaltando que a independência dos Estados Unidos não aboliu a escravidão, que só seria resolvida na Guerra da Secessão. Além disso, a independência não instaurou uma democracia plena, pois o voto era censitário e exclusivamente masculino. Apesar dessas limitações, a independência norte-americana serviu de modelo para outros movimentos de independência na América Latina, com exceção do Brasil, cuja independência foi um acordo entre as elites.

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