Resumo Breve
Este vídeo aborda operações estruturadas e Certificados de Operações Estruturadas (COI), explicando como derivativos como opções, contratos futuros e swaps são utilizados para criar produtos de investimento que podem gerar ganhos em diferentes cenários de mercado. O vídeo também discute a importância de entender o perfil do cliente e os riscos envolvidos em cada tipo de operação, além de fornecer dicas sobre como apresentar esses produtos de forma clara e eficaz.
- Operações estruturadas combinam ações e derivativos para criar resultados específicos.
- COIs são produtos que misturam renda fixa e variável, oferecendo diferentes níveis de risco e retorno.
- É crucial entender o perfil do cliente e os riscos envolvidos antes de oferecer esses produtos.
Introdução às Operações Estruturadas
O vídeo começa com uma introdução ao tema de operações estruturadas, destacando a importância de atenção e participação ativa devido à complexidade do assunto. Operações estruturadas são contratos cujos valores são derivados de ativos subjacentes como dólar, índice, café, soja e petróleo. Os derivativos incluem contratos futuros, contratos a termo, operações de swap e opções. A chave para o sucesso na distribuição desses produtos é o entendimento profundo do que está sendo oferecido, adaptando a comunicação para diferentes perfis de clientes e cenários de mercado.
Derivativos e Opções: Fundamentos
O vídeo explica que derivativos são contratos cujo valor deriva de um ativo subjacente, como dólar, índice, café, soja ou petróleo. Os derivativos incluem contratos futuros, contratos a termo, operações de swap e opções. No mercado de derivativos, os participantes firmam compromissos de comprar ou vender um ativo a um preço determinado em um prazo pré-estabelecido. As opções permitem que os investidores apostem na alta ou na baixa do mercado, sendo um conceito fundamental em certificações financeiras como o CEA.
Operações Estruturadas: Cenários e Nomenclaturas
As operações estruturadas são projetadas com base em cenários de mercado, como alta, baixa ou lateralização, utilizando nomes como Colar, Ruby e Fence. No entanto, esses nomes são apenas rótulos, e cada instituição financeira pode ter sua própria nomenclatura. A essência de uma operação estruturada é a combinação de uma ação e seus derivativos para gerar um resultado específico para o cliente.
Mercado Atual e Estratégias de Operações Estruturadas
O mercado atual é caracterizado por incertezas, como as tensões entre Trump e a China, que valorizam ativos como ouro e dólar. No Brasil, a fuga de capital estrangeiro e problemas fiscais internos contribuem para a lateralização da bolsa. Em um cenário de bolsa andando de lado, é possível montar estratégias com papéis como Petrobras, que é sensível a notícias, ou PRIO, que oferece maior potencial de crescimento. Operações estruturadas complementam o portfólio do cliente, mas devem ser adequadas ao seu perfil de risco.
COI: Desafios e Oportunidades
COIs foram mal comercializados no passado, sendo oferecidos a clientes com perfis inadequados. No entanto, quando bem utilizados, podem ser produtos valiosos. O problema inicial dos COIs foi a falta de conhecimento sobre seu funcionamento, o que levou a vendas inadequadas. Hoje, existem COIs bons e operações estruturadas bem elaboradas, adequados para diferentes perfis de clientes.
Benefícios dos Derivativos e Opções
Derivativos, especialmente opções, são instrumentos versáteis que oferecem alavancagem, flexibilidade e proteção contra quedas. A alavancagem permite que o investidor controle uma grande quantidade de ativos com um investimento menor. As opções também podem ser usadas para proteger a carteira contra possíveis quedas, funcionando como um "seguro". Além disso, é possível lucrar tanto em mercados de alta quanto de baixa.
Riscos e Suitability em Operações Estruturadas
Operações estruturadas com opções tendem a ter um risco maior do que COIs, pois estes últimos utilizam renda fixa para mitigar riscos. É fundamental entender o suitability do cliente e o tempo que ele pode manter o investimento. Algumas instituições financeiras oferecem operações estruturadas apenas para perfis agressivos ou arrojados. A diligência é essencial, e o cliente deve ter objetivos claros para que a operação seja adequada.
Mecânica das Opções: Titular e Lançador
O titular de uma opção de venda tem o direito de vender o ativo, enquanto o lançador tem a obrigação de comprar. Quem compra uma call tem o direito de comprar, e quem vende uma call tem a obrigação de vender. O vendedor de uma call recebe um prêmio por essa obrigação. É possível trabalhar nas duas pontas, comprando e vendendo opções para proteger a carteira.
Exemplos Práticos e Riscos das Opções
Um exemplo prático é a venda de uma call de Petrobras a R$ 55, quando o preço de mercado é R$ 50. O vendedor recebe um prêmio, mas corre o risco de ter que vender o ativo a R$ 55 se o preço subir muito. Operar "short" (vender sem ter o ativo) envolve riscos significativos, pois se o preço subir, o vendedor terá que comprar o ativo no mercado para honrar a operação.
Terminologia e Tipos de Opções
As opções têm um strike (preço de exercício), um preço (prêmio) e um vencimento (data de exercício). Existem opções americanas (exercício antes da data) e europeias (exercício apenas na data). As opções podem estar "in the money" (ITM), "at the money" (ATM) ou "out of the money" (OTM), dependendo da relação entre o preço do ativo subjacente e o preço de exercício.
Modelo de Black and Scholes e Precificação de Opções
O modelo de Black and Scholes é uma fórmula matemática para calcular o preço teórico de opções, considerando fatores como preço atual do ativo, preço de exercício, tempo até o vencimento e volatilidade do mercado. Embora seja importante saber que ele existe, os traders e investidores geralmente não precisam usar essa fórmula diretamente, pois as instituições financeiras fornecem as informações necessárias.
Estrutura das Operações e Barreiras
As operações estruturadas envolvem diferentes tipos de opções (call ou put) e barreiras, que são condicionantes dentro da operação. Se o preço do ativo atingir uma barreira, pode limitar o ganho ou desativar a proteção. Por exemplo, uma operação pode oferecer um ganho alavancado até que o preço do ativo suba além de um determinado limite, momento em que o ganho é limitado.
Exemplos de Operações Estruturadas com Barreiras
Em uma operação com proteção de queda até 10%, se o preço do ativo cair mais de 10%, a proteção é desativada, e o cliente arca com a perda total. As opções "call up" e "put down" são exemplos de como as barreiras funcionam, ativando ou desativando a proteção ou o ganho alavancado.
Análise de Lâminas de Operações Estruturadas
O vídeo analisa lâminas de operações estruturadas, mostrando como identificar o tipo de operação (down and out), as barreiras e os possíveis retornos. Em uma operação down and out, se o ativo se desvalorizar além de 20%, o investidor participa da desvalorização a partir desse ponto. Se o ativo se valorizar até 30%, o investidor tem um retorno total do patrimônio investido.
COI: Mistura de Renda Fixa e Variável
COIs combinam elementos de renda fixa e variável, oferecendo diferentes níveis de risco e retorno. Eles podem ser vinculados a ações, índices, câmbio ou commodities. Uma parte do capital investido é alocada em títulos de renda fixa, garantindo a recuperação do valor investido, enquanto o restante é usado para comprar derivativos que potencializam o retorno.
Características e Vantagens dos COIs
COIs oferecem proteção de capital, retornos variáveis e prazos mais flexíveis. Eles facilitam a exposição a determinados produtos, como dólar, sem a necessidade de abrir uma conta em uma corretora internacional. Os COIs podem ser temáticos, como COIs ESG ou de tecnologia, e são acompanhados de um documento com informações essenciais sobre a estratégia, riscos e custos.
Exemplos de COIs e Estratégias
O vídeo apresenta exemplos de COIs, como um que oferece 100% da baixa e 100% da alta do dólar, e outro que garante um cupom pré-definido de 48%. Esses produtos podem ser adequados para clientes que buscam diversificação e proteção em cenários de mercado incertos. A escolha do COI ideal depende do perfil do cliente e de seus objetivos financeiros.