Breve Resumo
Este vídeo apresenta a Escala de Depressão de Hamilton como uma ferramenta valiosa para avaliar e monitorar quadros depressivos em pacientes adultos. O psicólogo Manoel Carvalho explica que a escala é multidimensional, focando em sintomas somáticos e no humor, e é amplamente utilizada por profissionais de saúde mental, especialmente psiquiatras. Ele destaca a importância de usar a escala como um complemento à avaliação clínica, e não como um instrumento de diagnóstico isolado.
- A Escala de Depressão de Hamilton é uma ferramenta valiosa para avaliar e monitorar quadros depressivos.
- A escala é multidimensional, focando em sintomas somáticos e no humor.
- A escala deve ser usada como um complemento à avaliação clínica, e não como um instrumento de diagnóstico isolado.
Introdução à Escala de Depressão de Hamilton [0:10]
O vídeo introduz a Escala de Depressão de Hamilton como uma ferramenta padrão ouro para avaliar a depressão, especialmente em pacientes adultos com cerca de 54 anos. A escala é útil para identificar sintomas somáticos e alterações de humor. Existem mais de 20 versões da escala, que tem sido utilizada por mais de 50 anos. O psicólogo Manoel Carvalho ressalta que a escala é um instrumento complementar para o acompanhamento e avaliação de pacientes com depressão, auxiliando na identificação de indicadores de quadros sintomáticos.
Características e Aplicações da Escala [2:37]
A Escala de Depressão de Hamilton é um instrumento multidimensional que avalia sintomas depressivos, com foco nos aspectos somáticos e no humor melancólico. Embora não seja exclusiva para psicólogos, é amplamente utilizada por psiquiatras. A escala é avaliativa, levantando indicadores de sintomas melancólicos e físicos da depressão. Não é recomendada para o público geral, mas sim para pacientes com histórico ou sintomas depressivos, identificados através da anamnese e entrevista inicial. Uma das vantagens é que versões da escala estão disponíveis gratuitamente online.
Estrutura e Pontuação da Escala [4:12]
A escala é destinada a adultos entre 18 e 59 anos e avalia de 17 a 20 itens, com um tempo médio de aplicação de 30 minutos. Utiliza uma escala tipo Likert de 0 a 4 pontos, onde 0 indica ausência de sintomas ou redução devido à medicação, ou dúvida sobre a natureza do sintoma. O vídeo menciona um modelo da escala encontrado no livro "Instrumentos de Avaliação em Saúde Mental" da Arte Médica, que oferece orientações sobre a aplicação e estudos de validade e confiabilidade.
Análise Detalhada de um Modelo da Escala [5:38]
O vídeo apresenta um modelo da Escala de Depressão de Hamilton, semelhante a um teste de auto relato, onde os sintomas são avaliados com base na última semana. Os itens incluem modo depressivo (tristeza, desesperança), sentimentos de culpa, ideação suicida, insônia, dificuldades no trabalho e atividades, retardo, agitação, ansiedade (psíquica e somática), sintomas gastrointestinais, hipocondria, perda de peso e crítica da doença. O profissional deve pontuar cada item com base na história clínica e no atendimento do paciente, exigindo conhecimento do quadro clínico, uso de escalas e sintomas depressivos.
Diretrizes para a Aplicação da Escala [9:24]
O vídeo detalha como aplicar a escala, enfatizando que as perguntas devem ser feitas exatamente como estão escritas, buscando informações sobre a gravidade e frequência dos sintomas. Questões adicionais podem ser usadas para clarificar os sintomas, e o período de tempo padrão é a última semana, embora possa ser ampliado conforme necessário. O vídeo também oferece dicas sobre como avaliar a perda de peso, considerando tanto o relato do paciente quanto a observação clínica.
Roteiro de Entrevista e Pontuação [10:50]
O vídeo apresenta um roteiro de entrevista para a aplicação da escala, com perguntas sobre o humor, sentimentos de culpa, ideação suicida e outros sintomas. A escala não deve ser entregue ao paciente, mas utilizada como um guia para a entrevista, com o entrevistador pontuando as respostas. É crucial lembrar que a escala não deve ser usada como triagem, mas sim para avaliar e monitorar pacientes já diagnosticados com depressão ou em tratamento.
Considerações Finais e Recomendações [13:33]
O psicólogo Manoel Carvalho reitera que a Escala de Depressão de Hamilton é excelente para o monitoramento de pacientes com síndrome depressiva diagnosticada, mas não para o diagnóstico inicial. Ele recomenda realizar uma entrevista de pretestagem para explicar os objetivos da escala e garantir respostas fidedignas. A aplicação em atendimentos iniciais pode ser delicada devido a temas como suicídio. O vídeo conclui com a apresentação de outros instrumentos de avaliação em saúde mental e a indicação da formação em avaliação psicológica clínica oferecida pelo canal.