Epistaxe: como atuamos? (Epistaxis: how do we manage?)

Epistaxe: como atuamos? (Epistaxis: how do we manage?)

Breve Resumo

Este vídeo aborda o manejo de epistaxe (sangramento nasal), desde a identificação das causas e fatores de risco até as técnicas de tratamento, incluindo cauterização e tamponamento. O palestrante compartilha sua experiência no Hospital Municipal Souza Aguiar e no Hospital São Lucas, discutindo abordagens práticas e dicas para o manejo eficaz do sangramento nasal em diferentes situações.

  • Identificação e tratamento de pontos de sangramento nasal.
  • Técnicas de tamponamento nasal anterior e posterior.
  • Abordagens cirúrgicas para casos refratários.

Introdução

O vídeo começa com uma introdução ao tema da epistaxe, com o palestrante mencionando sua experiência no Hospital Municipal Souza Aguiar, um centro de referência no Rio de Janeiro. Ele também menciona sua atuação no Hospital São Lucas e sua posição como chefe suplente do serviço de otorrinolaringologia do Hospital Municipal Souza Aguiar.

Anatomia e Fisiopatologia da Epistaxe

O palestrante explica que a epistaxe é comum, afetando cerca de 60% das pessoas em algum momento da vida. Ele discute a anatomia do nariz, destacando a área de Kiesselbach (plexo de Kiesselbach) na região anterior do septo nasal, onde a maioria dos sangramentos ocorre. Ele também menciona a importância da região posterior do nariz, irrigada pela artéria esfenopalatina, onde sangramentos tendem a ser mais intensos.

Causas e Fatores de Risco

O vídeo aborda as causas locais e sistêmicas da epistaxe. Entre as causas locais, são mencionados o uso de vasoconstritores nasais, sprays nasais aplicados incorretamente, manipulação digital do nariz, uso de drogas (como cocaína), ressecamento da mucosa nasal, infecções e traumas. Entre os fatores sistêmicos, são citadas alterações da coagulação, doenças como telangiectasia hemorrágica hereditária, uso de anticoagulantes e antiagregantes plaquetários, e hipertensão arterial.

Manejo Inicial da Epistaxe

O palestrante detalha o manejo inicial da epistaxe, enfatizando a importância de posicionar o paciente com a cabeça para frente e comprimir a parte cartilaginosa do nariz por pelo menos cinco a dez minutos. Ele também destaca a necessidade de estar preparado com materiais como aspirador nasal, algodão, vasoconstritores (lidocaína com adrenalina) e equipamentos para cauterização.

Anamnese e Avaliação do Paciente

O vídeo aborda a importância da anamnese para identificar a lateralidade, duração, frequência e intensidade do sangramento. É crucial perguntar sobre o uso de medicamentos, histórico de doenças e histórico familiar de telangiectasias. A avaliação da estabilidade hemodinâmica do paciente também é fundamental, verificando sinais como taquicardia, hipotensão e alteração do nível de consciência.

Rinoscopia e Identificação do Ponto de Sangramento

Após a compressão nasal, o palestrante recomenda realizar uma rinoscopia anterior e, se possível, uma nasofibroscopia para identificar o ponto de sangramento. Ele menciona o uso de cauterização química com nitrato de prata ou cauterização elétrica para selar os vasos sanguíneos.

Cauterização Química e Elétrica

O vídeo detalha as técnicas de cauterização química com nitrato de prata e cauterização elétrica. O palestrante adverte sobre os riscos da cauterização excessiva, como perfuração do septo nasal. Ele também compartilha sua preferência pela cauterização elétrica bipolar, que considera mais segura e eficaz.

Tamponamento Nasal Anterior

O palestrante discute diferentes tipos de tamponamento nasal anterior, incluindo o uso de Merocel, esponjas hemostáticas e gaze com pomada. Ele expressa sua preferência pelo tamponamento com gaze e pomada ou com preservativo preenchido com soro fisiológico, destacando a importância de lubrificar o material para facilitar a inserção e evitar lesões na mucosa nasal.

Tamponamento Nasal Posterior

O vídeo aborda o tamponamento nasal posterior, uma técnica mais invasiva utilizada em casos de sangramento intenso na região posterior do nariz. O palestrante descreve o procedimento, que envolve a passagem de um cateter com um balão inflável ou gaze amarrada através do nariz até a nasofaringe, para comprimir os vasos sanguíneos na região posterior.

Indicações de Cirurgia

O palestrante discute as indicações de cirurgia para epistaxe, incluindo casos de sangramento refratário ao tratamento conservador e identificação de malformações vasculares. Ele menciona a cauterização endoscópica da artéria esfenopalatina e a ligadura da artéria etmoidal anterior como opções cirúrgicas.

Ligadura da Artéria Etmoidal Anterior

O vídeo detalha a técnica de ligadura da artéria etmoidal anterior, um procedimento cirúrgico realizado para controlar sangramentos na região superior do nariz. O palestrante descreve o acesso cirúrgico, a identificação da artéria e a cauterização dos vasos sanguíneos.

Embolização Arterial

O palestrante menciona a embolização arterial como uma opção para casos de epistaxe refratária, mas ressalta que não tem experiência pessoal com essa técnica.

Cuidados Pós-Tamponamento e Orientações ao Paciente

O vídeo aborda os cuidados pós-tamponamento, incluindo o uso de antibióticos para prevenir infecções e orientações ao paciente sobre repouso, umidificação do ambiente e higiene nasal. O palestrante também adverte sobre o uso de medicamentos ototóxicos, como o Nebacetin, em pacientes com tamponamento nasal.

Epistaxe em Crianças

O palestrante discute a epistaxe em crianças, destacando que a maioria dos casos é causada por manipulação digital do nariz. Ele enfatiza a importância de investigar causas menos comuns, como obstrução nasal por corpo estranho ou tumores.

Manejo da Epistaxe em Crianças

O vídeo aborda o manejo da epistaxe em crianças, enfatizando a importância de acalmar o paciente e os pais. O palestrante recomenda o uso de dispositivos de alto volume para lavagem nasal e a aplicação de pomadas na região anterior do nariz.

Experiência e Estatísticas

O palestrante compartilha estatísticas sobre o número de cauterizações e tamponamentos realizados em seu serviço, mostrando uma tendência de diminuição dos procedimentos invasivos devido ao aprimoramento das técnicas de cauterização na cadeira.

Considerações Finais

O vídeo termina com o palestrante agradecendo a audiência e incentivando os espectadores a seguirem seu perfil no Instagram e o canal no YouTube para mais informações sobre otorrinolaringologia.

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