Breve Resumo
Este vídeo do Manual do Mundo explora o funcionamento interno de um submarino nuclear brasileiro, destacando suas vantagens em relação aos submarinos convencionais. O vídeo detalha a estrutura do submarino, desde a proa até a praça de máquinas, explicando o papel de cada componente. Além disso, aborda a tecnologia nuclear utilizada para a propulsão, a geração de energia e as vantagens de um submarino nuclear em termos de autonomia e velocidade.
- Explicação detalhada do funcionamento de um submarino nuclear brasileiro.
- Vantagens da propulsão nuclear em termos de autonomia e velocidade.
- Comparação com submarinos convencionais (diesel).
- Visão geral do projeto e construção do submarino nuclear brasileiro.
A Proa e os Conveses do Submarino
O vídeo começa explorando a proa do submarino, que possui um controle dinâmico para facilitar a navegação na água. Internamente, o submarino é dividido em três conveses: o primeiro abriga os dormitórios dos marinheiros, o segundo contém a sala de torpedos, que são usados para atacar outros submarinos ou alvos de superfície, e o terceiro abriga as baterias que fornecem energia para o submarino e seu motor elétrico.
A Vela e o Centro de Comando
A vela do submarino, visível quando ele está na superfície, serve como uma superfície hidrodinâmica e protege os equipamentos internos. Ela possui um tubo de acesso para a tripulação e mastros com radares, sonares e periscópios. As "asas" na vela são hidroplanos que estabilizam o submarino. Abaixo da vela está o centro de comando, onde são tomadas as decisões de navegação e ataque. Mais abaixo estão os refeitórios, cozinhas e banheiros, e no porão, a praça de máquinas e um gerador de oxigênio.
Vantagens do Submarino Nuclear
Uma das principais vantagens do submarino nuclear é sua capacidade de permanecer submerso por longos períodos, cerca de três meses, sem precisar emergir. Isso é possível porque ele não necessita de combustível diesel nem de oxigênio para a propulsão. O oxigênio para a tripulação é gerado a partir da água do mar, que é purificada e quebrada para extrair o oxigênio. O Brasil é o sétimo país do mundo a possuir essa tecnologia.
A Usina Nuclear em Miniatura
O submarino nuclear possui uma usina nuclear em miniatura, com um reator que utiliza urânio enriquecido para aquecer a água. Essa água quente gera vapor, que aciona uma turbina conectada a um gerador elétrico, produzindo eletricidade. Diferente dos submarinos a diesel, que precisam de oxigênio e reabastecimento frequente, o submarino nuclear brasileiro tem uma previsão de troca de combustível a cada 15 anos, eliminando a necessidade de contato com o ambiente externo durante esse período.
O Reator Nuclear
O reator nuclear é o coração do submarino, contendo varetas de metal com pastilhas de urânio. A água circula entre essas varetas, aquecendo-se. Barras de controle são usadas para moderar a reação em cadeia do urânio, permitindo ajustar a potência do reator. O tamanho do reator, com um diâmetro de 9,8 metros, define o tamanho do submarino. O Brasil desenvolve essa tecnologia internamente, pois não há fornecedores externos.
Geração de Energia e Sistemas de Segurança
A água aquecida no reator (circuito primário) aquece uma segunda água (circuito secundário), que se transforma em vapor e aciona uma turbina. Um terceiro sistema (terciário) usa água do mar para resfriar o vapor, que retorna ao estado líquido. As turbinas acionam um gerador elétrico, fornecendo energia para a propulsão e outros sistemas do submarino. A usina possui uma sala de controle e sistemas auxiliares. Proteções de chumbo protegem a tripulação da radiação, e dosímetros são usados para monitorar a exposição.
Motor Elétrico e Próximos Passos
O motor do submarino é elétrico, alimentado pela energia gerada pela usina nuclear. Ele está ligado a um eixo que impulsiona o submarino. A parte traseira do submarino possui lemes e hidroplanos para controlar a direção e a profundidade. Submarinos nucleares são mais rápidos que os convencionais, atingindo até 45 km/h. O submarino brasileiro, SN-BR Álvaro Alberto, terá 100 metros de comprimento e tem previsão de entrar em operação em 2031.
Desenvolvimento e Construção
O projeto do submarino nuclear brasileiro está em fase de detalhamento desde 2012, resultado de um acordo entre Brasil e França. O programa de desenvolvimento de submarinos (PROSUB) inclui a construção de submarinos convencionais, como o Riachuelo, que compartilham tecnologias com o submarino nuclear. A construção do submarino nuclear está prevista para começar em meados de 2022, aproveitando a estrutura e tecnologia já existentes no estaleiro em Itaguaí.