4 Passos para Lidar Melhor com Suas Emoções - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Ep.15

4 Passos para Lidar Melhor com Suas Emoções - INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - Ep.15

Breve Resumo

Este episódio do podcast "Culpa do Cérebro" explora a inteligência emocional, definindo-a como a capacidade de entender e lidar com as próprias emoções e as dos outros. Andrei Mayer apresenta quatro passos práticos para aumentar a inteligência emocional, enfatizando que ela é treinável e pode ser aprimorada. O episódio também aborda como o cérebro processa as emoções e oferece exemplos de como lidar com a ansiedade e a desmotivação, aplicando os passos discutidos.

  • Inteligência emocional é treinável e essencial para a vida pessoal e profissional.
  • O cérebro processa emoções de forma automática, mas a inteligência emocional envolve o controle racional dessas emoções.
  • A prática da autoconsciência e da reflexão é fundamental para melhorar a inteligência emocional.

Introdução

Andrei Mayer apresenta o 22º episódio do podcast "Culpa do Cérebro", dedicado à inteligência emocional. Ele destaca a importância do tema e promete discutir quatro passos práticos para aumentar a capacidade de lidar com as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros. O episódio abordará a definição de inteligência e inteligência emocional, o processamento das emoções pelo cérebro e, por fim, como aplicar esses conhecimentos para lidar com a ansiedade e a desmotivação.

Definição e tipos de inteligência

Inteligência é definida como a capacidade de gerar respostas adequadas em uma situação específica. Existem vários tipos de inteligência, como a espacial e a motora, exemplificadas por jogadores de futebol como Messi e Ronaldinho Gaúcho, que demonstram alta inteligência em percepção espacial e controle motor. Outros tipos incluem a inteligência musical e a linguística, todas dependendo de circuitos cerebrais específicos que podem ser treinados e aprimorados. Howard Gardner propôs a teoria das inteligências múltiplas, que inclui inteligências espacial, naturalista, musical, lógico-matemática, linguística e intrapessoal (equivalente à inteligência emocional).

Ninguém nasce inteligente ou com talento

Ninguém nasce com talento ou inteligência super desenvolvida; tudo o que fazemos é aprendido. Um bebê recém-nascido não consegue nem controlar seus movimentos, e leva tempo para aprender a coordenar seus braços e pernas. Todas as habilidades, incluindo a inteligência emocional, são adquiridas e podem ser aprimoradas com o treinamento adequado.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: o que é e como funciona

Inteligência emocional é a capacidade de entender e lidar com as emoções, tanto as próprias quanto as dos outros. Esse conceito, relativamente novo na ciência, foi cunhado na década de 1990 por Salovey e Mayer. A capacidade de perceber, entender e lidar com as emoções depende de áreas do cérebro envolvidas com o raciocínio lógico, planejamento e consciência, especialmente o córtex pré-frontal. As emoções são geradas automaticamente pelo sistema límbico, que processa as emoções e gera respostas a estímulos significativos.

As 3 etapas da inteligência emocional

Existem três etapas básicas para desenvolver a inteligência emocional: perceber o que está sentindo, entender o porquê está sentindo e saber como lidar com a emoção. Muitas pessoas têm dificuldade em identificar suas emoções, pois o córtex pré-frontal, responsável por entender e lidar com as emoções, é uma das últimas áreas do cérebro a se desenvolver, atingindo a maturidade após os 20 anos. A falta de experiência e treino também pode dificultar a identificação e o manejo das emoções.

PASSO 1: Saiba que inteligência emocional é treinável e pode aumentar

O primeiro passo para melhorar a inteligência emocional é entender que ela é treinável. A capacidade de perceber, entender e lidar com as emoções pode ser aprimorada, assim como a capacidade de lidar com as emoções dos outros.

PASSO 2: Entenda as etapas para lidar com sua emoções

O segundo passo é entender o processo de lidar com as emoções e desenvolver a inteligência emocional. Um estudo recente da revista Nature mostrou que um protocolo de treinamento para melhorar a inteligência emocional de alunos de pedagogia melhorou significativamente sua inteligência emocional e desempenho acadêmico. O treinamento envolve praticar a percepção, o entendimento, a expressão e a modulação das emoções. O teste emocional de Hall, utilizado no estudo, mede cinco componentes: consciência emocional, manejo de emoções, automotivação, empatia e manejo de emoções de outros.

PASSO 3: Vire um “cientista” das suas próprias emoções

O terceiro passo é se tornar um cientista das próprias emoções. Isso envolve parar, colocar o foco para dentro e refletir sobre o que está acontecendo. É comum viver no automático, sem prestar atenção nas mudanças que ocorrem no corpo e no comportamento. É fundamental prestar atenção em como você está se sentindo, reconhecer a emoção e tentar entender o porquê. Esse processo pode levar à ressignificação da emoção, mudando seu significado e impacto. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ajudar nesse processo, auxiliando na identificação e racionalização das emoções. Escrever sobre o que você está sentindo também pode ser útil para lidar com as emoções.

PASSO 4: Use as áreas do cérebro envolvidas com RAZÃO

O quarto passo é assumir o controle e agir usando o córtex pré-frontal, a área do cérebro envolvida com a razão. As emoções podem mudar a forma como o cérebro funciona e prejudicar a tomada de decisões. É importante parar e não fazer nada quando estiver muito emocionado, para evitar agir por impulso. Em vez disso, passe pelas etapas de perceber, entender e agir de forma racional. Manejar as emoções envolve aumentar ou diminuir sua intensidade, e a racionalização pode ajudar a ressignificar a causa da emoção.

Como lidar com a ANSIEDADE

Estresse e ansiedade são respostas de medo a estímulos potencialmente perigosos. Os sintomas incluem agitação no corpo e na mente, sensação no peito, dificuldade para respirar, frequência cardíaca irregular e dificuldade para focar. Para lidar com a ansiedade, o primeiro passo é parar e identificar a causa. Em seguida, tente evitar o que está causando a ansiedade ou ressignificar a situação. Estratégias como a respiração e o exercício físico podem ajudar a diminuir a sensação de ansiedade em tempo real.

Como lidar com as FRUSTRAÇÕES e a DESMOTIVAÇÃO

A desmotivação é caracterizada pela perda de energia e vontade de fazer as coisas. A frustração, que surge quando se espera uma recompensa e ela não se concretiza, envolve mudanças químicas no cérebro, como a queda da dopamina. Para lidar com a desmotivação, o primeiro passo é parar e ter paciência. Em seguida, coloque o foco para dentro e tente entender a causa da desmotivação. Isso pode envolver analisar se o esforço foi insuficiente, se a estratégia foi inadequada ou se a expectativa estava alta demais. Criar um novo planejamento, buscando ajuda se necessário, pode ajudar a recuperar a motivação. A capacidade de automotivação é uma das habilidades mais importantes a serem desenvolvidas.

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